Quais as consequências para um gestor (e empresa) que não dá feedback?

Apesar de diversos estudos e pesquisas que comprovam a importância da gestão das pessoas para os resultados das organizações, muito gestores ainda preferem abandonar suas equipes e focar apenas nos processos do negócio. Grandes lideranças em todo o mundo já perceberam que o principal ativo das empresas são justamente as pessoas, pois são eles que desenvolvem, executam e orientam as estratégias de qualquer negócio. Portanto, privá-las do crescimento e desenvolvimento constante é privar o negócio de um crescimento sustentável de longo prazo.
Nesse sentido, o feedback tem se apresentado com a melhor ferramenta de gestão de pessoas na atualidade. Através de uma metodologia prática de comunicação, o feedback motiva, orienta, prepara e retém os recursos humanos para alcançar metas, desenvolver estratégias e gerar resultados conforme as necessidades da organização. Assim, feedback e estratégia andam lado a lado.
Mas então, como muitos gestores nas empresas ainda não utilizam o feedback como ferramenta de gestão? Essa é uma triste realidade, e as consequências são graves a curto, médio e longo prazo.
Listamos aqui as 5 principais consequências para este tipo de gestor e, logicamente, para a empresa que ainda resiste em utilizar o feedback como ferramenta de gestão:
1º: Falta de reconhecimento pelo bom desempenho.
O gestor que não dá feedback não dá o devido reconhecimento ao bom desempenho do seu colaborador. A sensação de quem não recebe um feedback positivo é a de que seu trabalho não tem valor e seu esforço não está sendo percebido. Como consequência, a pessoa inevitavelmente perde o interesse pela atividade, perde comprometimento e sua produtividade irá cair.
2º: A orientação para as metas não ocorre.
Sem feedback não há metodologia de trabalho. Delegar por delegar pode ser perigoso. Quem não é corretamente orientado sobre as atividades não tem parâmetros para compreender as reais expectativas sobre seu desempenho. Como consequência, as pessoas ficam sem referência sobre o quanto seu trabalho tem sido ou não produtivo e perdem a orientação para alcançar metas.
3º: Os talentos não vão aguentar.
Pessoas talentosas exigem feedback constante. Um dos principais motivos pelos quais elas tem talento é justamente por sempre buscarem referências que norteiem seus esforços e possam apoiá-lo para alcançar um desempenho cada vez melhor. Se não tiverem feedback, não conseguem aprimorar sua eficiência e, portanto, irão sair da empresa e procurar um ambiente mais propício para crescerem como profissionais e como pessoas. Como consequência, os concorrentes ganharão novos “aliados”.
4º: O clima da empresa fica péssimo.
Ao não criar um canal de comunicação entre as pessoas da empresa – não apenas sobre seu desempenho direto, mas sobre todas as diversas questões complexas das relações de trabalho – a empresa perde sua identidade. A prática do feedback cria um espaço para uma troca muito rica de cultura e conhecimento, principalmente comportamental. Onde não ocorre o feedback o clima organizacional perde grandes possibilidades de promover relações de trabalho e pessoais extremamente construtivas e fomentadoras de um ambiente alegre e criativo. Como consequência, a organização perde diferencial competitivo.
5º: A rádio peão.
O gestor que não dá feedback é conivente para que a troca de informações entre as pessoas da equipe ocorra de maneira desordenada. Iniciam-se então as fofocas, mentiras e distorções que, como não foram bem resolvidas através de um feedback efetivo, se tornam “bolas de neve” crescendo dentro da empresa. Como consequência, a equipe começa a criar círculos viciosos de comunicação não produtiva, provocando desentendimentos e relações sem confiança.